quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Causo 01: Empurrando o carrinho de bebê

        A Maricota ainda não sabia que tinha distrofia muscular, estava investigando, e a família achava que era depressão pós parto, ela tinha que resolver uns assuntos referente a licença maternidade no centro de Florianópolis.

Com muita dificuldade colocou o bebê no carro e foi sozinha ao centro da cidade, meia triste por ter pedido ajuda a algumas pessoas que alem de não ajuda-la ainda encararam o pedido de ajuda com deboche.

mãe empurrando carrinho de bebê2 Dia das Crianças: Aumente seu vocabulário inglês e sua consciência social com a Declaration of the Rights of the Child
Ela teve sorte, conseguiu uma vaga de estacionamento na praça XV, colocou o bebê no carrinho e saiu empurrando em direção ao Banco do Brasil, para ser mais exata, passando pela frente da Catedral, descendo as escadas, estava uma senhora com trejeitos de beata (senhora vestida recatada que vive a rezar).

A Beata aproxima-se da Maricota, que estava empurrando com muitas dificuldades o carrinho de bebê, e começa a falar:
 - Tenha vergonha na cara mocinha, você tão bonita, com um bebê tão lindo, e bêbada como estais, se escorando neste carrinho, você não tem responsabilidade nenhuma para cuidar deste anjo que ai está, vou chamar a policia, por que isso é uma vergonha.

     Maricota começou a chorar, baixou a cabeça e continuou a "caminhar" para a agencia bancaria, sem responder nada a beata, que por sua vez sô ficou olhando a Maricota a caminhar.


Conclusão:


Apesar das lagrimas em seu rosto, a Maricota lembrou-se dos três macacos da sabedoria. A máxima que ela implica é “não ver, não ouvir e não dizer nada de mal”.  Foi adotado por Gandhi,  em outras palavras ensinam a conter-se, isso é decisivo para uma atitude construtiva, o que não quer dizer atitude fácil.

A Maricota utilizou esses ensinamentos tanto quando pediu ajuda para alguém acompanha-la a cidade, como no episodio com a "beata".

A Maricota nunca mais saiu sozinha empurrando o carrinho de bebê, depois deste dia em diante, ela sempre pagava uma babá para acompanha-la. O tempo passou, o diagnostico de distrofia muscular se concretizou e agora sua família e amigos sempre a ajudam quando precisa.

Mais a pergunta sempre fazem quando ela vai ao centro da cidade de Florianópolis:
 - Conversou com a Beata hoje ?  

Outro dia ela foi parada em uma blis de transito, mais isso é outro causo.

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