quarta-feira, 23 de maio de 2012

Luta contra o LUTO.

A roupa serve como uma moldura para o corpo, nos ajuda a ressaltar nossa beleza minimizando as sequelas da distrofia. A roupa exterioriza seus sentimentos mais internos, não é por acaso que os adolescestes utilizam mais cores fechadas como pretas, cinzas e azul escuro, “são cores que demonstram LUTO pela criança que não existe mais”.

Da mesma forma que também há portadores de distrofia muscular que nunca conseguiram lidar com o LUTO imposto pelo diagnostico da doença. 

O distrofico aos poucos vai ficando com o corpo físico fora do padrão estipulado principalmente pela mídia, frequentamos lojas que vendem roupas pré-definidas para pessoas com “corpos normais” é compreensível que não encontremos roupas que favoreçam nossas necessidades intimas de nos sentirmos bonitos e consecutivamente massagear nosso ego em busca da  auto-aceitação.  


Muitas das mulheres de nossa época crescerão idealizando o corpo da boneca Barbie, e vivem em LUTO pela frustração de não conseguirem concretizar tal sonho, se esquecendo que o foco principal é (ser feliz) independendo do formato do seu corpo.

Junto com o corpo fora do padrão, nos distróficos vamos com o passar do tempo colecionando outros adereços, como muletas, órteses, andador, e a cadeira de rodas. 
Pensando nas cadeirantes o fabricante da Barbie, lançou no mercado BECKY, a amiga da Barbie, sendo uma forma positiva de inclusão, demostrando que podemos ser bonitas mesmo com deficiência. 


Para ganharmos a LUTA contra do LUTO imposto pelo diagnostico temos que trilhar um cominho árduo de aceitação da doença, onde os testes impostos pela vida são distribuídos em todos nossos afazeres diários.


Aceitação não é ser comodista, e nosso livre arbítrio nos responsabiliza por toda atitude realizada e omissão do que deixamos de fazer.  Tua consciência te dirá se estais ou não no caminho certo.

Ha pessoas que conseguem transcender as dificuldades com vestuário e podemos nos inspirar nelas para nos sentirmos mais bonitos e aliviar as seqüelas psicológicas da distrofia, e demais fatores que nos afastam deste modelo de corpo pré-definido.   
Dentre vários exemplos nos da AFLODIM escolhemos dois: 




Ann Oliver

Arquiteta e portadora de esclerose múltipla, resolveu mudar de ramo para moda quando percebeu a dificuldade em se vestir com as roupas normais. Ela fundou a Xeni Collection que fabrica roupas adaptadas utilizando imãs para fixar as peças, e modelagem coerentes a posição de sentada.




Frida Kahlo (1907 – 1954) 


Devido às seqüelas do acidente ocorrido na adolescência ela usava sempre roupas das índias tehuanas, belíssimas vestes compridas crepitantes de combinações e rendas. Trançava os cabelos com fitas de cetim, flores, veludos; e enfeitava-se com pesadas jóias pré-colombianas ou coloniais. Para ela, vestir-se era mais uma expressão artística; entre arranjar-se diante de um espelho ou pintar um dos seus auto-retratos não devia haver muita diferença. 
* Pelo fato de sua bibliografia ser muito ampla não colocaremos link de pesquisa.